Trilho Pedestre Entre a Ria e a Floresta
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É um trilho de natureza que percorre a margem da Ria e a Mata Nacional, terminando na antiga Colónia Agrícola. Utiliza, sobretudo, caminhos de terra batida e caminhos florestais. Ocasionalmente tem um ou outro troço de alcatrão. Os locais de maior destaque são a Ria de Aveiro, o Caminho do Praião, a Mata Nacional das Dunas da Gafanha, e o centro do Lugar da Sr.ª dos Campos, com a Igreja da padroeira e equipamentos desportivos próximos e lúdicos – campo de pequenos jogos, circuito de manutenção Teresa Machado e parque de merendas.
Ficha técnica:
Início: Cais da “Bruxa” (Gafanha da Encarnação)
Fim: Centro da Sr.ª dos Campos (antiga Colónia Agrícola)
Âmbito: Cultural, Ambiental, Paisagístico e Desportivo
Tipo de Percurso: De Pequena Rota não circular maioritariamente por estradão e caminhos bem visíveis
Distância: cerca de 15 km
Duração: cerca de 5 horas
Nível de Dificuldade: Baixo
Desníveis: Irrelevantes
Época Aconselhada: todo o ano
Restrições: Troço florestal interdito em caso de risco de incêndio elevado
O Caminho do Praião segue ao longo margem esquerda do Canal de Mira (Ria de Aveiro) e de campos agrícolas ou pequenas “quintinhas”, como são designadas localmente. É uma área excelente para observação de aves que utilizam as margens para se alimentar e nidificar. É parte integrante da Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro. A paisagem ribeirinha é também bastante relaxante e altera-se consoante as marés. Existem pequenos parques de merendas improvisados ao longo das margens, para além de embarcações de pesca e de recreio.
Aves com interesse para observação, no local:
- Alfaiate (Recurvirostra avosett)
- Negrola (Melanitta nigra)
- Borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula)
- Borrelho-de-coleira interrompida (Charadrius alexandrinus)
- Garça-vermelha (Ardea purpurea)
O acesso à Mata Nacional das Dunas da Gafanha acompanha um povoamento rural e piscatório ribeirinho.
A Mata Nacional das Dunas da Gafanha está implantada sobre as dunas terciárias e é fruto aplicação de uma política de gestão florestal iniciada nos tempos de D. Sancho I e conhecendo o seu período áureo entre 1824 e 1881, com a Administração Geral das Matas. A arborização e fixação das areias do litoral constituiu uma das obras mais notáveis da engenharia florestal nacional, protegendo casas e terrenos agrícolas de areias e ventos salgados e contribuindo de modo essencial para a valorização de importantes áreas litorais, anteriormente areais desertos e improdutivos. Entre os séculos XIX e XX, cerca de 37.000 hectares de dunas estéreis foram fixados pela arborização em Portugal, predominantemente com Pinheiro Bravo (Pinus Pinaster), que domina a vegetação local. Os líquenes (Cladina Mediterrânica) são indicadores da ausência de poluição e são aqui bem visíveis.
Finalmente, mas não menos importante, entra-se na antiga Colónia Agrícola da Gafanha, fundada na primeira metade do Século XX e fruto da implementação da ideologia politica de colonização interna do Estado Novo. A Colónia era originariamente formada por 75 casais, cada um com uma área agrícola de cerca de 3 hectares. A instalação dos primeiros Colonos começou em 1952. As habitações originais possuem uma interessante arquitetura, embora hoje, após numerosos arranjos ou ampliações, poucas delas mantenham e sigam o traçado original. A Igreja de N. Sr.ª dos Campos é o ponto central desta zona mas, nas proximidades, destaca-se ainda o Santuário Mariano de Schoenstatt, perfeita reprodução do Santuário original em Schoenstatt / Vallendar, na Alemanha.